Amblard, Didier
França, 1965
Dider nasceu em 1965, em Nancy. Com um ano de idade, mudou-se com a mãe para a região de Auvergne. Enquanto aprendiz, trabalhou numa fábrica metalúrgica e, mais tarde, na construção civil. Aos 16 anos, descobriu a sua eterna paixão pelo desenho. Vendeu impressões na Riviera até adoecer e ter sido hospitalizado numa ala psiquiátrica. Amblard começou a trabalhar numa instituição pública para pessoas com deficiência, na qual escreveu poesia e prosa usando palavras da sua própria invenção. Continuou também a desenhar no seu caderno e a pintar, distribuindo os seus trabalhos nas instituições que o acolheram, mas ninguém revelou qualquer interesse. Em 2012, Amblard foi para um centro de arteterapia no seu hospital. Um novo hospital tinha substituído o anterior e o autor sentiu-se ultrajado com a destruição da sua antiga capela. De forma quase febril, tentou escapar ao seu desequilíbrio, de esferográfica em esferográfica, fazendo esboços preparatórios de escadarias e janelas. O universo de Amblard, composto por repetições imutáveis de elipses, termina num continuum de representações helicoidais, nas quais orgânico e inorgânico se unem. Uma das suas propriedades é a transparência, a outra a efemeridade. Didier Amblard participa em exposições no centro de arteterapia, enquanto artista e poeta.
