McKesson, Malcolm

Estados Unidos da América, 1909 - 1999

Malcolm McKesson chegou à arte por um caminho invulgar. Nascido numa família bem-sucedida de Nova Iorque, licenciou- se em Harvard e trabalhou para a empresa química da família durante vinte anos, antes de se retirar da vida profissional aos quarenta anos. Com o apoio da sua esposa, a poetisa Madeline Mason, decidiu dedicar-se à arte. Começou a revestir folhas de papel com uma esferográfica, trabalhando nas formas como se as esculpisse, até que a multiplicidade de linhas gradualmente empregava volume e consistência às suas criaturas imaginárias. Eventualmente, o jogo do claro-escuro revelou uma presença sombria e séria, tão generosa quanto fantasmagórica. McKesson utilizou este mundo imaginário para explorar as suas próprias fantasias sado-masoquistas, usando-o como complemento artístico do seu conto Matriarchy: Freedom in Bondage. Os desenhos são caraterizados por um erotismo violento e sensual, as amplas figuras das personagens a darem plena expressão à sua carnalidade. No entanto, estas criaturas fundamentalmente andrógenas, questionam a diferença entre os géneros, misturando códigos e conceções socialmente aceites. A fascinante, lasciva e espectral arte de Malcolm McKesson foi adquirida por grandes coleções de arte bruta como a Collection de l’Art Brut (Lausanne) e The Museum of Everything (Londres).

Fonte: christian berst art brut

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