Jacqueline B.

França, 1928

Nascida em 1928, Jacqueline B. foi confiada às empregadas domésticas do seu pai à nascença, sendo depois enviada para um colégio interno aos cinco anos de idade. Voltou para a casa da família quando o seu pai voltou a casar e foi criada por uma madrasta afetuosa. Magra, nervosa, e até rebelde, encontrou muitas dificuldades na escola, chegando a ser enviada para duas instituições religiosas. Porém, aos vinte e três anos, ainda que fosse inteligente, mal sabia ler e escrever, a sua saúde era frágil e mantinha um comportamento agitado. Começou, no entanto, a desenhar no início da década de 1950 e demonstrou, de imediato, uma inventividade notável. Mudando da aguarela para os lápis de cor ou para a caneta de tinta permanente, explorou temas muito variados e espaços formais com uma graciosidade poética, da  figuração à abstração, da narratividade à contemplação. Jean Dubuffet, que a descobriu no início dos anos 1960, adquiriu cerca de quinze das suas obras para a sua colecção e escreveu um artigo sobre ela no Fascicule de l’art brut nº4, publicado em 1965. Expôs depois o seu trabalho, em 1967, naquela que se tornaria a exposição emblemática da Arte Bruta no Museu de Artes Decorativas em Paris, antes do lançamento da coleção de Lausanne.

Fonte: Adaptada de christian berst art brut

© Cortesia christian berst art brut