Tichý, Miroslav
República Checa, 1926 - 2011
O trabalho de Miroslav Tichý, que foi descoberto em 1989 pelo seu vizinho, o realizador Roman Buxhaum, revela o distinto talento de uma figura marginal e ligeiramente monomaníaca que firmemente recusou os valores sociais, políticos e pessoais do período comunista desde o seu início em 1948 até ao seu fim, no final da década de 1980. Tichý iniciou-se na fotografia em meados da década de 1950, reinventando-a e construindo as suas próprias máquinas e ampliadores a partir de caixas de sapatos, latas, vidro reciclado e outros materiais descartados. As suas imagens intemporais e difíceis de categorizar, captadas instintivamente ou cuidadosamente com máquinas feitas manualmente e com óticas improvisadas, oferecem uma visão extraordinária de uma realidade erotizada, simultaneamente real e onírica. Mulheres no ecrã da televisão são o seu principal e obsessivo assunto. O trabalho de Tichý foi primeiramente mostrado na Bienal de Sevilha em 2004 e, mais tarde, em 2008, numa exposição individual no Centre Pompidou, em Paris.
Fonte: Centre Pompidou